18 de outubro de 2013

O Preço do Amanhã

A MasterCard alardeia que "Existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe MasterCard." Ótimo, né...? Só que não... rs rs rs A vida tem muito mais desdobramentos do que o dinheiro possa pagar.

E uma das nossas obrigações durante a nossa existência parece justamente ser essa: a busca do equilíbrio entre o valor que damos às coisas materiais e o valor que essas coisas realmente tem. E mesmo não sendo fácil, temos de procurar meios de viver a vida sem seguir apenas acreditando no valor monetário das coisas. Isso ainda sem falar no valor incalculável das pessoas com que convivemos diariamente.

Assisti, por indicação de amigos, ao filme que dá nome a esse post. E gostei muito. Não que o filme seja o melhor de todos. Não é isso. O que é relevante mesmo no filme é o recado embutido nos mais de cem minutos de filme.

O que quero compartilhar aqui é a mensagem que o filme nos traz. Serve de alerta o fato de que o nosso tempo se esvai muito mais rapidamente do que a gente costuma aceitar...

Se quase nunca a gente dá muita bola para expressões como "perda de tempo" ou "tempo é dinheiro", o filme consegue nos fazer encarar uma história onde elas fazem muito sentido. Ou todo o sentido...

O filme vale a pena ser visto com cuidado, não apenas como simples divertimento. Ele é uma obra de ficção científica com um visual retro-futurista que faz analogia com a realidade ao retratar o embate de forças presentes na atualidade: o Poder Tecnológico e Econômico versus a Desigualdade, a Miséria e o Controle Social.

Ao tornar o tempo a principal moeda de troca para sobreviver, o termo “Tempo é Dinheiro”
passou a ser “Tempo é Vida” e assim, os ricos vivem mais que os pobres, que negociam
sua existência com seu trabalho. Nada muito distante de nossa realidade...

E a questão principal é o tempo e a sua finitude. E o que fazemos com esse tempo, se bom ou ruim.

Se é fácil conseguir lembrar disso sempre, claro que não é! Mas devemos tentar... pelo menos.


____________________________________________________________________________

Um diálogo do filme (contido no trailer acima):

Passageira precisa pagar a passagem de ônibus e não tem o "tempo" suficiente, nem para o pagamento e nem para ir à pé. E pede:

- Por favor. São duas horas de caminhada. Eu só tenho uma hora e meia.
Ao que o motorista responde:

- Então é melhor correr.